quarta-feira, novembro 29, 2006

Lisboa: motivo para fim da coligação




«Descontinuidade ou quebra do acordo» PSD-CDS, diz Carmona Rodrigues, que hoje falou do assunto pela primeira vez em sede de órgãos autárquicos

A Câmara de Lisboa está reunida para apreciação de perto de 40 propostas. Iniciada a sessão às15 horas, as primeiras horas estão a ser dedicadas á análise de assuntos não agendados, como é habitual e como deve acontecer. Mas os trabalhos arrastam-se sempre bastante, com prejuízos diversificados. Ou seja: neste momento decorre ainda e decorrerá a sessão pública mensal de Novembro, que se encontra nos primeiros pontos da ordem de trabalhos.
O assunto mais relevante do ponto de vista político, nesta parte da sessão, pode ter sido a «resposta» de Carmona Rodrigues pedida na Assembleia Municipal por Maria José Nogueira Pinto, hoje ausente.
Mas, mesmo não estando presente MJNP, como o próprio referiu logo no início da sua intervenção (feita há uma hora e meia atrás), o Prof. Carmona Rodrigues, hoje, falou da quebra do acordo que mantinha com a vereadora do CDS de modo a viabilizar uma maioria na Câmara.

Foram apenas quatro minutos. Mas acho que foram muito duros. Não pelo tom, que foi afável, como sempre, mas pelos conteúdos...
Disse a dado momento o Presidente da CML, mais ou menos literalmente, o seguinte: «Ponderei bem. O que fiz, foi por haver descontinuidade ou quebra do acordo que existia». Isso, frisou, devido à forma como decorreu a votação da proposta da SRU da Baixa-Chiado.
«Tão só», sublinhou Carmona, que hoje negou qualquer ingerência de Marques Mendes no assunto.
Duas novidades, portanto, comparando estas declarações com outras e com o que vem sendo dito. Primeira: Marques Mendes é aqui expressamente poupado e adeus recentes picardias de Menezes e de Santana Lopes. Segunda: se o acordo falhou foi por exclusiva responsabilidade de Nogueira Pinto. Tudo isso, claro, na interpretação da situação hoje feita publicamente por Carmona Rodrigues em sede de órgão de Poder Local – o que, nesta sede, acontece pela primeira vez.
«O acordo tinha certas premissas», recapitulou o edil, que disse entender que «já não havia o espírito que havia desde Janeiro para entendimento partidário», mas que a presente situação «não fere ou impede o entendimento entre os dois partidos».

José Carlos Mendes


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