Lisboa: mais uma história rocambolesca
No mínimo, rocambolesca…
Desporto em Lisboa, equipamentos desportivos em Lisboa (75, foi dito hoje). LisDesporto, empresa municipal para esta área criada ao tempo da Coligação de Esquerda em Lisboa. Hoje, foi criada outra empresa para a mesma área: a LX Desporto.
Parece confuso – e é.
Empresas municipais para cá, empresas municipais para lá, hoje foi então a vez de a Assembleia Municipal aprovar (melhor: o PSD da AML aprovar) a criação de uma empresa que já existiu, desistiu, foi esconjurada, foi vilipendiada, foi rejeitada, e que depois esteve a hibernar quatro anos... e hoje foi criada outra vez. Ou melhor: foi criada outra empresa municipal para a área do Desporto. E a missão e os trabalhadores afectos?
Parece rocambolesco – e é.
Mas há mais.
Se o arrependimento matasse...
Mais rocambolesco ainda foi o ambiente em que a coisa foi discutida esta tarde.
Houve momentos de verdadeira roupa suja. E até houve «choro sobre leite derramado». O vereador do pelouro do Desporto, Pedro Feist, chegou mesmo a mostrar-se «sinceramente» arrependido por ter votado a extinção da tal LisDesporto há uns anos atrás, ao tempo de Santana Lopes.
Santana Lopes que foi estrela sem estar presente: foi chamado à colação, tendo sido lida uma parte do seu discurso desse dia, de há quatro anos, contra a existência de uma empresa municipal na área do Desporto.
Parece fantasmagórico – e é.
Houve mesmo a afirmação expressa de algo que a mim me pareceu a denúncia de uma situação – aparentemente pública e conhecida – de corrupção ou de locupletamento (enriquecimento sem causa) à custa da coisa pública. E até foi dado um exemplo de forma fria: a CML aluga por x um equipamento à entidade A e essa entidade aluga o equipamento a B por x+y.
Está tudo na acta da AML de hoje, garanto.
José Carlos Mendes
1 Comments:
Pior que isso é o vereador ser interpelado pelos deputados municipais com perguntas e dúvidas, nomeadamente a questão do pessoal que continua uma incógnita, e recusar-se a responder.
Verdade seja dita não é obrigada o tal, mas a atitude de fugir às respostas diz tudo.
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