domingo, novembro 19, 2006

Eleições* Já?

Na revista do DN de ontem Paula Teixeira da Cruz, depois de na semana passada ter negado publicamente intenções de se candidatar à presidência da CML, apresenta em 5 páginas, sob o formato de uma visita aos antiquários da Rua de São Bento, o programa do PSD para as eleições para a CML em 2009.
- jardins geridos e cuidados pelos vizinhos
- coisas simples como ruas limpas e transportes cómodos
- mais recuperação e menos construção
Diz-se contra:
- parques de estacionamentos que tragam mais automóveis para a cidade (e.g. barão do quintela e príncipe real)
- o plano de erradicação das barracas
- a impermeabilização dos solos e construção nos logradouros
Conjuntamente com estas ideias, afirma que "Lisboa resiste e a nossa obrigação é ajudá-la a resistir".
Os munícipes concordam e agradecem.
Fica uma questão para aqueles que se consideram oposição responsável:
- Porquê esperar por uma Lisboa pior em 2009 se podemos ter uma Lisboa melhor já em 2007?

Pedro Policarpo

* ao contrário do que tem sido noticiado em muitos meios de comunicação social e comentado por alguns vereadores, a realizarem-se eleições antes do final do mandato, estas terão um carácter intercalar e não antecipado, i.e., haverá sempre lugar a eleições autárquicas em Lisboa em 2009

1 Comments:

At 10:22 da manhã, Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Porque é que votei em branco nas últimas eleições autárquicas e ainda não me arrependi.

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Importam-se que eu vote?

FAZ AGORA quatro anos que votei para as autárquicas.

Ora, quando eu julgava que tinha ajudado a escolher as pessoas mais indicadas para tratarem de coisas como o trânsito caótico ou os excrementos de cão na cidade onde resido, eis que Guterres me informa que não foi nada disso! Sem o meu conhecimento (e menos ainda com o meu acordo), alguém decidiu que eu, afinal, tinha votado para correr com o governo dele... e o homem sumiu!

Felizmente, tempos depois, para as eleições europeias, os principais partidos tiveram a gentileza de, atempadamente, nos esclarecer que, afinal, não iríamos votar para elas:

O PS proclamou que a votação seria um «cartão amarelo» ao governo; o PCP também, só mudando a cor para vermelho; e, por fim, o próprio Durão Barroso (concordando com essa leitura quando devia ser o primeiro a contestá-la!), disse que «tinha entendido o sinal do povo», pelo que, logo que pôde, fez as malas e... «Ala!, que se faz tarde!».

E é por tudo isso que, para as eleições autárquicas de Outubro, já estou pelos cabelos só de ouvir a mesma conversa: a rapaziada dos partidos propõe-se pegar no meu (eventual...) voto, desviá-lo, e brandi-lo como se ele fosse dado para apoiar ou rejeitar o governo de Sócrates - um pouco como se eu doasse dinheiro para as vítimas do Katrina e ele fosse direitinho para as campanhas do senhor Major ou de Avelino Ferreira Torres!

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Publicado no "Expresso" em 7 de Out 05

 

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