Bem podem limpar as mãos à ... relva
«Executar um trabalho de elevada qualidade e rigor; responder a qualquer solicitação do cliente com eficácia e ética profissional; satisfazer permanentemente o cliente» e «capital humano composto por Engenheiros, Arquitectos, Técnicos e Jardineiros que formam uma equipa dinâmica, profissional e qualificada».
Este é o cartão de visita da Plantagri empresa de espaços verdes, com sede na Avenida João XXI.
Não sei o que o "cliente" Junta de Alvalade achará do serviço prestado, mas aquilo que aqueles "Jardineiros" e "Engenheiros" têm vindo a fazer nos canteiros relvados do passeio da Av.E.U.A., no quarteirão do Cinema Quarteto, para instalação de um sistema de rega, é do mais puro amadorismo:
Lajes arrancadas, partidas e mal recolocadas. Canteiros esventrados com terra por todo o lado. Ontem, o caricato aconteceu (suspeito que por obra e graça dos mesmos "técnicos"): rebentou uma conduta em vários pontos, a água jorrou até Entrecampos, e, para cúmulo, um parquímetro da EMEL caiu para dentro de um buraco imenso, cheio de água e lama, mesmo em frente ao cinema. Um mimo.
Paulo Ferrero
4 Comments:
O Departamento Técnico da Plantagri emitirá na próxima segunda-feira, dia 18.12.2006, uma nota técnica explicativa sobre o comentário efectuado pelo Sr. Paulo Ferrero acerca de uma obra na Av. Estados Unidos da América.
Plantagri
Esperemos para ver a nota técnica explicativa por parte do Departamento Técnico, conforme com o comentário anterior da "Plantiagri", para maiores comentários.
Porque, de facto, não se trata apenas de "Alvalade"!
Aguardo interessada a nota explicativa.
MP
Em relação ao artigo colocado neste blog no passado dia 15.12.06 pelo Sr. Paulo Ferrero, o Departamento de Regas da PLANTAGRI vem comunicar o seguinte:
1. A rotura existente aconteceu na conduta adutora da EPAL, tendo sido aberta uma vala pela EPAL junto do parquímetro da EMEL, o que originou uma rotura no cano de fibrocimento da rede de abastecimento de Água aos jardins (este cano tem mais de 40 anos).
2. As “roturas duma conduta” não foram nem são nunca provocadas pela PLANTAGRI, já existiam ou acontecem, e são resultantes da degradação do material (fibrocimento) e nesta situação da instalação sobre a mesma do parquímetro da EMEL, e posteriormente, de infraestruturas diversas.
3. Os canteiros não se encontram “esventrados e com terra por todo o lado”, mas o que sucedeu foi a lexiviação de um volume reduzido de terras, devido como é natural à elevada pluviosidade que se fez sentir em Lisboa durante o último mês.
4. A queda do parquímetro não foi causada pela PLANTAGRI, uma vez que na altura em que os funcionários concluíram a obra de instalação de Sistemas de Rega Automáticos o mesmo se encontrava de pé e seguro, e a obra estava vedada com fita sinalizadora.
5. As roturas aconteceram numa conduta que se encontra maioritariamente na calçada e a uma profundidade de aproximadamente 1,50 m. Ora, as valas abertas pela PLANTAGRI para instalação de Sistemas de Rega, restringem-se aos espaços verdes e têm cerca de 50 cm de profundidade.
6. Em relação aos pavimentos, os mesmos tiveram que ser intervencionados para serem executados os atravessamentos do tubo que alimenta o sistema de rega instalado. Gostaríamos de referir que os mesmos encontravam-se agregados a maciços de betão de elevada densidade e rigidez, tendo sido removidos e recolocados devidamente com “traço de cimento”.
7. Quando tomamos conhecimento da rotura cuja responsabilidade não era nossa, informamos as instituições competentes. Tendo verificado que ao fim de uma semana a situação mantinha-se na mesma, decidiu a PLANTAGRI reparar a rotura, tendo sido pedida autorização ao nosso Director – Geral, o qual autorizou que a reparação fosse efectuada, uma vez que a mesma iria ser reparada sem quaisquer custos para o erário público.
8. Temos a consciência de que certos trabalhos realizados têm danos colaterais, porque há testes que têm de ser feitos para se poder diagnosticar o verdadeiro problema. Por muito que na PLANTAGRI se tente minimizar os danos e os incómodos, estes por vezes surgem inerentes aos trabalhos efectuados.
Agradecemos desde já o comentário efectuado pelo Sr. Paulo Ferrero, porque todos somos utilizadores de espaços públicos, amantes do verde, e na PLANTAGRI todos nós gostamos daquilo que fazemos. Todos os comentários que possam ajudar-nos a fazer melhor, são sempre bem-vindos.
Engº Ricardo Fronteira
Responsável Dep. de Regas
Em primeiro lugar, três notas:
1. Muito obrigado à empresa Plantagri pelo seu comunicado, sinal de que é sensível às reclamações dos cidadãos. Tomara que fossem todos assim, a começar pelos serviços das empresas que quase todos os dias esventram a seu bel-prazer os passeios da nossa Lisboa, naquilo que são puras intervenções do foro keynesiano, com vista ao fomento do emprego e ao disparo da despesa. Este é, aliás e apesar de só indirectamente estar relacionado com a conduta em apreço, um tema que reflecte a total descoordenação entre CML e os diversos operadores, como a PT, EPAL, TV Cabo, etc.
2. O passeio em causa é o passeio que vai desde a esquina da pequena travessa que dá acesso ao Cinema Quarteto, à rua imediatamente a Sul, paralela com a Rua de Entrecampos. Este passeio tem sido vítima de diversas roturas ao longo dos últimos anos, semestres, meses. Umas vezes com gravidade, dando mesmo origem a torrentes de água e lama, avenida abaixo; a cortes no abastecimento de água, desactivação dos semáforos, etc., com a intervenção dos bombeiros e da polícia de trânsito, por várias ocasiões. Muitas vezes os transeuntes têm que passar pelo meio do asfalto. É um passeio martirizado.
3. Ontem, Segunda-Feira, por volta das 13h30, no fim do passeio em causa, junto ao início do passeio da Pastelaria Granfina, cruzei-me com 2 funcionários da CML (identificados a rigor, e com a respectiva viatura em cima do passeio), 1 funcionário da Plantagri (suposição minha, por estar "à paisana" e por estar uma viatura dessa empresa aparcada, devidamente, diga-se, cá mais acima) e 1 jardineiro/cantoneiro/pedreiro da mesma empresa. Tinha sido feito novo buraco com vista a resolver definitivamente o problema da rotura, acho.
Passando ao comunicado do Sr.Eng. Ricardo Fronteira, da Plantagri:
- Moro naquela zona há tantos anos como os atribuídos pela Plantagri ao cano em questão, e não creio que a rotura se tenha dado por causa da idade do cano, simplesmente porque aquele cano já não deve ser o original, tantas vezes foi ele reparado, recauchutado e pseudo-renovado.
- Também não me lembro de alguma vez ter visto um parquímetro ser engolido por um buraco. Pena tenho de não ter tirado uma foto! Acresce que este parquímetro está naquele mesmo local há pelo menos 5 anos. Caiu porque deixou de ter base de sustentação, uma vez que alguém (quem?) lha tirou quando cavou o passeio à procura da conduta.
- Discordo que aqueles canteiros (??) não se encontrem esventrados e com terra por todo o lado; porque o estão efectivamente. E discordo que o que tenha sucedido tenha sido "a lexiviação de um volume reduzido de terras, devido como é natural à elevada pluviosidade que se fez sentir em Lisboa durante o último mês". O que está ali é um terreno que parece ter sido arado, para plantação de rebentos, não sei muito bem quais. A chuva, se teve algum efeito, foi ajudar a limpar o passeio. Aliás, se a instalação de um sistema de rega traz este resultado, mais vale deixar-se a rega para inspiração divina, ou seja, que se espere pela chuva ... aliás, aquela erva (que não é relva), aqueles carreiros de pedra rústica e calçada (em estado paupérrimo), aqueles pobres plátanos, cevadilhas e jarros esqueléticos, bem que merecem que os deixem em paz, de vez. Cubra-se tudo de relva comprada ao rolo, se é assim que entendem o conceito de espaço verde.
- Aquele "traço de cimento" é uma coisa horrorosa. A laje rústica foi destruída e mal reposta, inclusive, pois está desnivelada.
- Não entendo como é a Plantagri a fazer uma reparação que devia, segundo depreendo, ser feita por quem a provocou ou detém responsabilidades no estado das condutas.
- Fico sem perceber a que se deveram as roturas, quantas roturas foram, e como é possível esta mistura de intervenientes (Plantagri, CML ... EPAL?) para uma coisa tão simples e fico sem saber de quem foi a culpa da rotura: se da "velhice" da conduta, se da EPAL, se das raízes dos pobres plátanos que ainda sobrevivem naquele pseudo-canteiro, se de algum transeunte mais pesado ...
Paulo Ferrero
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