quinta-feira, dezembro 21, 2006

Lisboa, Lisboa, Lisboa

Câmara com estranhos procedimentos rápidos

Hoje, após a sessão da Câmara de Lisboa, houve três conferências de imprensa – como passou a ser hábito: uma do PSD (hoje apenas com a presença de Amaral Lopes), outra com o PS (Dias Baptista), PCP (Ruben de Carvalho) e BE (Pedro Soares) e, finalmente, uma do CDS-PP (Maria José Nogueira Pinto).

À excepção do PSD, todos os restantes interlocutores dos jornalistas foram unânimes num ponto, entre outros: acham estranha a rapidez com que a CML foi rápida, por uma vez («infelizmente só por esta vez». «Costuma ser até bem lenta» na maior parte das situações similares).

E qual foi essa situação? No acto administrativo de comunicar ao requerente LisMarvila (a tal empresa que terá vendido à Caixa Geral de Depósitos os terrenos onde há-de passar o TGV) dois factos (não se sabe se simultânea se sucessivamente e por que ordem): a chamada «aprovação» do loteamento; e a revogação dessa primeira deliberação.

Toda a oposição estranha

Segundo todos os vereadores da oposição («das oposições»), este é um facto aparentemente inédito e estranho «que convém aclarar».

Outro ponto em que parece que todos estão de acordo é o de dever se feito um inquérito para esclarecimento cabal da matéria que está em cima da mesa de toda a gente na Praça do Município: este processo que levou à dupla deliberação sobre o loteamento em causa. Se o PSD não tomar essa iniciativa, o PCP vai tomá-la e, ao que parece, as oposições vão votar todas da mesma forma (Maria José Nogueira Pinto: «Acho que devia ser a maioria a fazê-lo; de outro modo, votarei a proposta do PCP»).

Quanto às deliberações, mais duas notas. O Governo acha que a primeira deliberação foi «ilegal». O PCP acha que a primeira deliberação é«nula» e de nenhum efeito.

José Carlos Mendes


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