quinta-feira, novembro 30, 2006

Nasceu há quase 100 anos





Lopes-Graça
Hoje lembrei-me do centenário

Mas por que é que os esquecemos todo o ano ou mesmo totó o «século» e depois… e depois… num certo dia: celebra-se o centenário. Lopes-Graça, se pudesse estar vivo, estaria. Morreu há doze anos mais três dias. Nasceu há cem anos menos 17 dias. Hoje, lembrei-me dele. Viveu quase 88 anos. Deixou obra musical até fartar. Deixo aqui o que recolhi do início do trabalho de Leonor Lains no «Vidas Lusófonas». Se tiver interesse, vá lá: é só clicar…



Lopes Graça, músico/compositor (1906-1994)


«1906: Nasce a 17 de Dezembro em Tomar, onde inicia os estudos de piano. -1924: Ingressa no Conservatório Nacional de Lisboa. - 1927: É aluno da Classe de Virtuosidade de Viana da Mota. - 1931: Termina o Curso Superior de Composição. É preso e desterrado para Alpiarça. - 1934: Ganha uma bolsa para estudar em França, que lhe é recusada por motivos políticos. -1937: Parte para Paris. Estuda com Koechlin Composição e Orquestração. -1938: A Maison de la Culture de Paris encomenda-lhe uma obra: «La fiévre du temps» (ballet-revue). Harmonizações de canções populares portuguesas. -1940: Ganha o prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical com o 1º Concerto para Piano e Orquestra. - 1941: Tomás Borba convida-o para professor na Academia de Amadores de Música. - 1942: Obtém o prémio do Círculo de Cultura Musical com a «História Trágico-Marítima» (poema de Miguel Torga). - 1944: Ganha pela 3ª vez o Prémio de Composição do CCM com a «Sinfonia». - 1945: Faz parte da Comissão Distrital do MUD. - 1949: Faz parte do júri do Concurso Internacional Béla Bartók em Budapeste. - 1952: Novo prémio de composição do Círculo de Cultura Musical com a 3ª Sonata para Piano. - 1961: Edita com Michel Giacometti o 1º volume da Antologia de Música Regional Portuguesa. Início do In Memoriam Béla Bartók (8 suites progressivas para piano) que completa em 1975. - 1969: Rostropovich interpreta o Concerto de Câmara para violoncelo encomendado a Lopes-Graça. - 1973: Início da publicação das «Obras Literárias» (Editora Cosmos) em 18 volumes. - 1974: Assume a presidência da Comissão para a Reforma do Ensino Musical criada pelo Governo Provisório da Revolução de Abril. - 1979: Compõe para grande orquestra, solistas e coro o «Requiem pelas vítimas do fascismo em Portugal». - 1981: Convite do governo húngaro para as Comemorações do Centenário do nascimento de Béla Bartók. - 1993: Audição integral das sonatas e sonatinas para piano (Matosinhos). Homenagem no seu 87º aniversário. - 1994: Morre na noite de 27 Novembro na sua casa na Av. da República, na Parede, junto a Cascais».
Obrigado, Maestro.
José Carlos Mendes


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