quinta-feira, dezembro 28, 2006

A história repete-se. Governo de Lisboa não tem nada a dizer?

Peugeot abandona Mangualde?
Vêm aí mais de 6 mil novos desempregados?

O jornal assim mo diz… Mas esta história parece-me muito mal contada.
Então a Peugeot vai embora só porque precisa mais terreno? Alguém é tão estúpido que acredita nisso? Algo mais se passa!

Se

1

o fecho da fábrica da Peugeot em Mangualde pode ameaçar «6.400 empregos», como leio no «Sol» on line,

se
2
o que está em causa fosse «apenas» o alargamento, a «ampliação dos terrenos da fábrica» para produzir um novo modelo de veículo daquela marca

e se
3
o que está em cima da mesa fosse «apenas» «a expropriação de terrenos vizinhos» - o que é que impediria isso?

Ná. Algo mais se passa. Não me convencem com esta.
Por mim, ofereçam lá os terrenos à Peugeot. Será só mais um caso - e será por uma boa causa. Mangualde até é na Beira, a minha «terra» natal... Ofereçam lá os terrenos aos franceses, senhores.
Mas acho que nem assim.

Pelo pescoço...
Assim funcionam as grandíssimas empresas: têm-nos agarrados pelo pescoço e mesmo assim, como sabem que estamos agarrados, ameaçam e vão mesmo embora. É ver a Opel. Tal é a lei na Europa solidária e social. Pois, então?!
O jornal ainda acrescenta: «A Câmara Municipal de Mangualde está a pensar numa solução para o problema mas, segundo avança o Diário Económico e o Diário de Notícias, a empresa francesa pode, até 15 de Janeiro, tomar a decisão de abandonar Portugal».


E o Governo, nada?

Que bela forma de começar o «ano melhor» que Sócrates anda a promover nas televisões. E o seu Governo não tem nada para nos dizer nesta matéria?
Quanto aos donos da Peugeot, querem lá eles saber de Mangualde ou do nosso País: eles querem saber é do deles, como todos os outros! Se não formos nós a resolver os nossos problemas, quem poderá ser? Bajular estas entidades pode parecer que dá resultado. Mas só por um tempo. Depois, vem aí a verdade, verdadinha. Lamentável mas real, meu caro Watson.

José Carlos Mendes

3 Comments:

At 6:42 da tarde, Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Vale a pena ler:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1280949&idCanal=65

 
At 10:23 da tarde, Blogger José Carlos Mendes said...

Oxalá que as ameaças não se concretizem desta vez. Oxalá que não.

Mas…

Nem me falem de garantias de Manuel Pinho. Recordo só que, quando se falava do encerramento da fábrica da Opel na Azambuja, o ministro da Economia dava no Parlamento garantias de aumentar a rentabilidade. Coitado dele. Mas sobretudo coitados dos 1200 despedidos…

Leia-se: «O caso do possível encerramento da fábrica da Opel na Azambuja foi um dos temas mais falados no debate, com o ministro da Economia, Manuel Pinho, a assegurar que o Governo está a "fazer o possível para melhorar as condições de rentabilidade (da empresa) a médio prazo".»

(RTP, 22 de Junho de 2006: http://www.rtp.pt/index.php?article=246257&visual=16)

Mas oxalá que desata vez a coisa não se concretize.

 
At 2:36 da manhã, Blogger Micas10 said...

A necessidade de atrair e cativar o investimento directo estrangeiro cada vez mais solicitado por toda a parte não pode ficar dependente de pequenos pormenores como o GRANDE preço dos terrenos.
Ver http://antoniopovinho.blogspot.com

 

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