quarta-feira, janeiro 03, 2007

Acudam à calçada lisboeta!


Há lá chão de cidade mais bonito do que este! Claro que não. São as tradicionais calçadas lisboetas. Só que... estão a desmoronar-se. Como repetidamente é noticiado. E agora outra vez. Agora, na blogosfera, mais propriamente. No blog Jumento, há dias, uma foto de umpedaço de calçada incomodou-nos a todos, de certeza....




De pouco valem os 14 novos calceteiros em formação. Já é qualquer coisa este sinal de haver uns quantos em formação e estoutro (sempre achei esta palavra estranhíssima) sinal de se ter inaugurado a 15 de Dezembro uma homenagem ao calceteiro lisboeta em forma de escultura.




A verdade é que de 130 que eram há uns anos, os calceteiros estão agora reduzidos a 30 (mais estes 14, a partir de agora). É algo. Mas é curto. Muito curto.




A calçada lisboeta merece mais. Precisa de mais do que isso. Se não, vai degradar-se completamente.


Acudam à calçada lisboeta.


Por favor.




José Carlos Mendes

UMA PRAÇA ADIADA- ESTUDO DE FLUXOS PEDONAIS NA PRAÇA DO DUQUE DE SALDANHA


Se me permitem, aproveito este espaço para divulgar este livro lançado o ano passado, escrito por Hèléne Fretigné, uma jovem francesa que esteve em Portugal a estagiar na ACA-M ao abrigo de um programa de estágios europeus e de aprendizagem da língua. Este livro resultou dos estudos que efectuou e da persistência que sempre manteve para os realizar.

"UMA PRAÇA ADIADA- ESTUDO DE FLUXOS PEDONAIS NA PRAÇA DO DUQUE DE SALDANHA "
Autoria: Hélène Fretigné
Coordenação: Manuel João Ramos
Introdução: Manuel Delgado (Universitat de Barcelona)

A obra destina-se fundamentlmente a urbanistas, cientistas sociais, técnicos de segurança rodoviária e todos os interessados no estudo das relações peões-automobilistas.
Edição: ACA-M
Distribuição: Assírio & Alvim Editores
Trata-se de um estudo inédito e inovador sobre a forma como um espaço público urbano é apropriado e vivido pelos cidadãos que o cruzam.
Beneficiando do distanciamento do seu olhar face à realidade do trânsito em Portugal, a socióloga Hélène Fretigné apresenta-nos a história da transformação, pela autarquia lisboeta, de uma praça acolhedora em inóspito local de passagem, e analisa detalhadamente as tensões, os riscos e os conflitos de uso que opõem peões a automobilistas, ambos reclamando o seu direito a esse território alcatroado.
Este livro divide-se em duas partes:
A primeira parte é uma análise histórica da evolução da praça no contexto do desenvolvimento urbanístico novecentista das Av. Novas, e a polémica da demolição do Monumental, nos anos oitenta, quando a autarquia lisboeta prometeu aos munícipes a “devolução da praça aos peões”.
A segunda parte analisa a situação actual da praça, feita de agressão contínua aos peões nas suas tentativas de a atravessar, confrontados com 3 centros comerciais cortados por uma via rápida, que não oferece aos cidadãos condições de travessia confortável e segura, e muito menos disponibiliza as condições para o usufruto condigno do equipamento urbano que é uma praça central da cidade.
O livro contém um caderno de fotografias, um mapa de ocupação do espaço da praça, diversas plantas e quadros com tempos de atravessamento, velocidades praticadas, etc.

Isabel Goulão

terça-feira, janeiro 02, 2007

Comércio ultra-tradicional

Para não abusar do espaço deste blogue, não se afixam aqui os pormenores desta espantosa loja (existente na Graça, em Lisboa). Podem, no entanto, ser vistos [aqui].
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C. Medina Ribeiro

Lisboa: chegarão as respostas esperadas?

Venda de património para aliviar os défices do OE e do OML

Câmara e Governo bem querem vender. Mas quem pode comprar tanto património do Governo e da Câmara de Lisboa, se todos dizem que o país está na bancarrota?
… Só se 2007 for de facto «melhor» do que 2006 – como andamos todos a desejar a todos em sms aos milhões. Só que o nosso «melhor» das sms não é este «melhor». Pelo contrário.

1

A Câmara de Lisboa espera realizar 300 milhões de euros com a venda de património. Não se vê como, mas os processos vão agora ser postos em marcha depois de aprovado o Plano e Orçamento. No ano que agora finda, em que também havia previsões deste jaez, as coisas ficaram-se bem por baixo: só se concretizaram a menos de 30%. É a realidade a impor-se aos sonhos.

2

O Estado espera vender terrenos e outro património na Cidade de Lisboa no valor de muitos milhões.
Mas quem pode comprar? Quem pode corresponder a esse desiderato?
Só se for a banca a dar essa resposta. Aí, sim, há disponibilidades financeiras e até em excesso, enquanto o resto da economia está praticamente às moscas… Uma situação características de uma economia de ditadura de terceiro-mundo: quase todos em carência e meia dúzia em abundância excessiva…

3

Comprar património aos biliões em Lisboa? Só então se essa compra for concretizada pela banca. (E só se na banca incluirmos a Caixa Geral de Depósitos (que é do Estado) através das suas empresas da área do imobiliário – as quais, como acabámos por saber, compraram à Obriverca, ao que parece, à revelia do Governo, o tal terreno em Marvila urbanizado e «desurbanizado» pela CML em meia dúzia de dias.)

Mas será? As prioridades da banca passam pelo «empate» de capital durante anos quando as alterações do PDM e a aprovação dos loteamentos, depois, dependem de uma autarquia em situação de permanente instabilidade?

4


Voltando à venda de património público (do Estado e da CML): vale a pena pensar se o mercado e as disponibilidades financeiras do país (privado) têm a «performance» necessária e exigida por estes programas de venda de património público. Na aparência, não têm.

José Carlos Mendes

domingo, dezembro 31, 2006

Pergunta sem prémio

No passado dia 29 de Novembro afixou-se aqui esta imagem, acompanhada de uma explicação que dizia, no essencial, o seguinte:
Apesar de ser um "prédio de arquitecto", este edifício do Campo Grande foi, em tempos, ornamentado com as inevitáveis marquises de alumínio - ficando como se vê na imagem.
Não se conformando com isso, um condómino protestou, e a questão acabou por ir parar a tribunal.
Ao fim de várias sessões, e uma vez provada a clandestinidade da "coisa", o queixoso ganhou a acção (...).
Seguia-se um questionário de resposta múltipla em que se perguntava aos leitores o que achavam que, nesse seguimento, teria acontecido.
Passei por lá anteontem e fotografei "a coisa", pelo que a resposta pode ser vista [aqui].
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C. Medina Ribeiro

Revilhão no Terreiro do Paço

Lisboa recebe o ano 2007 com o Elton John da Chamusca.pp

Civismo - Um novo patamar

Não faltam por aí (em blogues e na imprensa) fotos de ecopontos a transbordar de lixo rodeados de mais lixo ainda. Mas na Av. Guerra Junqueiro passou-se a um novo patamar: há rapaziada que nem se dá ao trabalho de ir deixar o lixo ao pé do ecoponto...
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C. Medina Ribeiro

sábado, dezembro 30, 2006

Os nossos talibanzinhos

É este o aspecto actual da estátua Eça e a Verdade - substituída, no Largo Barão Quintela, por uma cópia em bronze devido aos repetidos vandalismos. Mais quatro imagens podem ser vistas [aqui].

[3 Jan 07]: No seguimento desta denúncia, o «PÚBLICO-Local/Lisboa» dedicou metade da 1ª página de hoje ao assunto. Imagem e texto podem ser vistos [aqui]
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C. Medina Ribeiro

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Somos todos peões (4)


Antes das depedidas do Ano Velho, deixo aqui o prémio Curva Mais Mal Feita de Lisboa 2006.
A quem projectou, construíu e fiscalizou a curva em frente à estação do Metro de Telheiras, os meus parabéns: deve ser difícil fazer pior. Os donos das viaturas que lá têm ficado encaixadas também devem achar o mesmo. E aquela entrada para o parque de estacionamento na curva? Um mimo. (Ah! Não sou Técnica?)
Um desejo para Lisboa em 2007 ? Só um?
Que não morram mais peões, que a sinistralidade rodoviária tenha um fim rápido, que as escolas tenham passadeiras e medidas de segurança, que a cidade seja segura, amigável, que haja tinta e dinheiro para pintar traços contínuos, descontínuos, zebras e passagens para peões, que a curva no final do Eixo Norte-Sul seja finalmente reparada, que os radares façam realmente a diferença, que os deficientes motores possam sair à rua e circular pela cidade, que se possam ver cadeirinhas de bebé, menos agressividade viária, menos violência rodoviária, um efectivo policiamento, pelo fim da impunidade, por um real exercício da cidadania, por um maior empenhamento comunitário. Tantas coisas que podem fazer uma cidade melhor.
Calçada portuguesa? Não, De todo. Não por todo o lado. Só em locais turísticos. Mas falamos disso mais tarde, Conheço os argumentos dos ambientalistas, mas contesto aqueles que hipocritamente louvam as suas virtudes para depois serem cúmplices da sua destruição assentando-lhe quatro vigorosos pneus.
Um excelente Ano Novo para todos com saúde e felicidade.
E uma cidade mais feliz.
Isabel Goulão

Somos todos peões (3)

No parque de uma aldeia perto de Dublin, era um regalo ver crianças a brincar na relva. Não pude deixar de sorrir ao recordar a vizinhança que por cá leva os cães a passear. O desfecho é o que se sabe e a "culpa" não é, naturalmente, dos canitos. Mas quem diz passeios diz jardins, espaços verdes ou qualquer canto onde, impunemente, o português quiser.
Conheço casos mais graves em que os passeios estão apinhados de carros (com um parque livre e gratuito a 20 metros), obrigando os habitantes do prédio a passar por cima da relva. O resultado? Uma agradável surpresa.
Este cartaz estava afixado junto a um jardim onde brincavam crianças com os pais, perto do parque infantil. Por lá, os jardins não são para uso excluivo dos cães. Talvez seja por isso que por cá se vê o clássico cartaz "Não pisar a relva". Digamos que é um cartaz amigo.
Os "dog walkers" que se cruzaram comigo decidamente não eram portugueses.

Isabel Goulão - (Irlanda, Setembro 2006)

Somos todo peões (2)

Esta lamentável cena multiplicou-se por toda a cidade durante o Natal.
A fotografia foi tirada no dia 27 às 10h. Às 20 horas o local apresentava um amontado de lixo três vezes maior, sobretudo papeis.
Os moradores sabiam que não haveria recolha de lixo, mas isso não os impediu de deixar sacos e sacos junto aos ecopontos. Uma carrinha passou a essa hora e recolheu algum lixo mas estava completamente cheia, não tendo chegado para as encomendas.
Alguma sugestão?

Isabel Goulão

Somos todos peões I

Caros leitores do Carmo e da Trindade (excelente nome),


Tenho muito gosto em estar aqui. Há já algum tempo e com bastante frequência que escrevo sobre a cidade e para a cidade: sou "cliente" assídua dos mails da Câmara : municipe@cm-lisboa.pt, por vezes com conhecimento à Polícia Municipal policia.municipal@cm-lisboa.pt e quando é necessário para a PSP gcrpub@psp.pt

Também conheço os procedimentos administrativos, formulários e outros impressos usados para fazer andar ou empatar processos. Já perdi algumas guerras e também já ganhei algumas (poucas). É tudo muito lento, desmotivador e frustrante.

Pertenço à Direcção da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, mas não é nessas funções que escrevo por aqui. Em ambos os lados sinto-me livre. Só sei estar assim.

Levo com seriedade e empenhamento a participação cívica voluntária. Assuntos aqui não faltam. Com liberdade e responsabilidade. Para que o meu pequeno contributo possa melhorar a cidade em que vivemos e torná-la mais segura. Isso sim, é o mais importante.

Começo pelo estacionamento. O Pedro Policarpo já deu aqui algun exemplos no post Foto reportagem no parque de estacionamento das Portas do Sol.

Eu dou como (mau) exemplo o Centro Comercial Colombo. Já por diversas vezes me dirigi por escrito (mantenho o arquivo de tudo o que envio, que recebo e sobre o que ficou sem resposta) e pessoalmente aos agentes da PSP que ali têm um posto.
Da última vez (a semana passada), quando os alertei para aquela impunidade a céu aberto, recebi a resposta de que "estavam condicionados". Não percebi.

Chamei-lhes a atenção para as medidas de segurança: se houver ali um incêndio, como passam os carros dos bombeiros? Espero um dia receber uma resposta que não seja um encolher de ombros.

Não só os acessos ao parque estão cheios de carros (apesar da sinalização e do traço amarelo) mas também os viadutos. Na imagem vê-se mal, mas sempre podem passar por lá a confirmar. (Isabel Goulão)

Votos de Bom Ano para Lisboa



... Melhor, muito melhor do que 2006
(Foto: DN - Natacha Cardoso: Carmona Rodrigues em Setembro do ano passado, em campanha)

Desejo a Lisboa um melhor ano de 2007 do que foi 2006. Não seria sincero se dissesse que acredito nisso. Mas digo que a Cidade bem precisa. É que 2006 foi muitíssimo mau. A maioria que lidera a CML arrancou na campanha, em Setembro de 2005, com uma promessa central: concretizar 309 medidas em 180 dias. Tudo ficou muito, mas mesmo muito aquém, como se sabe, e são muitas as nebulosas que foram cerrando de nevoeiro a nossa visão do futuro…

De todas as promessas, trago-lhe aqui a reabilitação urbana, que todos os jornalistas da campanha foram unânimes: era a principal promessa. Recordo um artigo de Francisco Almeida leite, no «DN», recordando a questão do repovoamento de Lisboa com casais jovens. E, finalmente, a visão de hoje por parte de dois insuspeitos: Diana Ralha, hoje mesmo, no «Público», sobre a reabilitação urbana, e Pedro Almeida Vieira, no seu blog, sobre o repovoamento.
Nada mais claro. Dois mais dois = quatro.

1
Francisco Almeida Leite, Diário de Notícias (28.Set.2005)

«Carmona tem 309 medidas na manga / O candidato do PSD impõe compromisso e diz querer prestar contas em seis meses / (…) Cinco mil fogos para jovens. É na reabilitação e no regresso de pessoas a Lisboa que se dão algumas das apostas mais arriscadas para Carmona realizar em apenas seis meses. Para já, assume a vontade de "iniciar os procedimentos e montar o modelo de financiamento para construção de cinco mil fogos para arrendamento destinados a jovens e jovens casais a custos controlados"»

2
Diana Ralha, Público, 29.Dez.2006

Hoje mesmo, noutro blog escrevi e transcrevi: «Lisboa / E a tal reabilitação? (…) Diana Ralha, Público de hoje: «Não se sabe se em 2007 a autarquia de Lisboa continuará a dizer que o paradigma imobiliário da cidade mudou e que a reabilitação do edificado é uma das prioridades da capital e deste Executivo. Em 2006, pelo menos, esse paradigma não chegou às avenidas novas de Lisboa».

3
Pedro Almeida Vieira, no ‘Estrago da Nação’, 28.Nov.2006

Transcrevo, apenas: «Entre 2001 e finais de 2005, Lisboa perdeu mais cerca de 45 mil habitantes, a um ritmo de cerca de 10 mil por ano. (… Hoje, a CML define) como «desígnio fundamental» a recuperação demográfica da cidade (… :) aponta-se para 750 mil habitantes em 2013! Começo a fartar-me de desvarios (…). Isso significaria um acréscimo de 230 mil habitantes (… :) um acréscimo de mais de 30 mil habitantes por ano (… mas) o saldo natural em Lisboa é, desde 1980, negativo e actualmente da ordem dos (menos) dois mil habitantes (por ano). Ora, não sei se a autarquia sabe muito bem como vai conseguir este milagre. (…) tenho a certeza que eles também não sabem e vivem num mundo imaginário.»

Para esta vastíssima equipa do blog, que agora começará a rolar sobre rodas, e para todos os que nos lêem: BOM ANO. Mesmo bom!

José Carlos Mendes

Resultados da Sondagem

Quantas Freguesias tem Lisboa?

A Sondagem foi lançada no início do mês, e ficou prometida a publicação dos resultados para o final do mês. O prometido é devido!

Eis os resultados:

Resposta__________%___ Nº de votos

Não sei! _________4% ___ 3
24 ______________4% ___-3
37 ______________5% ___ 4
53 ______________73%___54
71 ______________1% ___1
Quero lá saber! ___12%___9

74 votos no total



Resposta correcta:
Lisboa tem 53 Freguesias.

As Sondagens valem o que valem!
Redundância? É.
Mas, têm apenas e somente um valor simbólico!

O que significam os resultados?
Análise pessoal:

- À partida, e com uma percentagem de 73% - uma largíssima maioria, encontra-se a resposta correcta.
Será de considerar que todos aqueles que elegeram esta resposta sabiam concretamente e por conhecimento próprio que Lisboa tem 53 Freguesias?
Tal não é líquido para mim!
Podem muito bem terem feito uma pesquisa na altura em que votaram!
Pode ainda resultar que a maioria daqueles que votaram na resposta correcta, são aqueles que mais próximos estão do universo lisboeta! Como é o caso dos colunistas deste Blog :)

- Já a 2ª resposta mais votada, é deveras interessante, com 12% temos o:
Quero lá saber!
Ora bem! Porque será o alheamento? Ou será, ao invés, o descaso puro e simples?
Um misto, uma situação híbrida. Viver Lisboa sem fronteiras ou barreiras, pode ser uma resposta!!

Obrigada a todos quantos participaram na votação!

MP

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quinta-feira, dezembro 28, 2006

O presidente da junta não está no ciberespaço

Um interessante estudo levado a cabo pela Universidade do Minho (UM), cujos resultados foram hoje publicados pelo Diário de Notícias, apontam para que:

«De acordo com esta avaliação, apenas 280 juntas de freguesia, num universo de 4251, tinham, em 2004, página na Internet. Ou seja, 6,6%. Mais do que os 5,1% registados em 2002, mas ainda assim um número baixo. "A presença na Internet das juntas de freguesia portuguesas ainda dá os primeiros passos e estas têm um longo caminho a percorrer nos próximos anos", assinalam os autores Leonel Santos e Luís Amaral, do Gávea - Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, da UM.»

O Prof. «José Manuel Moreira, professor da Universidade da Aveiro, com trabalhos na área da administração electrónica e cidadania digital. A adesão das juntas à era da Rede é tanto mais importante, salienta, "quando o poder descentralizado contribuiu para uma melhor democracia". Este meio pode "fomentar a abertura à participação e a iniciativa de todos, também a nível social". Mas, afirma, numa referência à fraca presença na Internet das juntas de freguesia, "quando os próprios governos acentuam a importância da sociedade de informação, seria de esperar que a realidade acompanhasse o que se anuncia".»

Não posso deixar de estar mais de acordo com o Prof. José Manuel Moreira:

Trata-se de uma forma de aproximar o poder ao cidadão, e o poder está, ou faria todo o sentido que assim fosse, mais próximo do cidadão ao nível do Poder Local.

Esperemos que seja uma tendência em franco declínio: a info-exclusão autárquica!

MP

Contribuição autárquica!

Ao naipe de marcas automóveis apresentadas por Jorge Ferreira, acrescentaria o modelo a seguir:

devidamente embrulhado, daria uma excelente prenda de Natal para o Presidente da CML!

MP

PRENDA DE NATAL PARA O SR. PRESIDENTE DA CAMARA

Para não dizerem que eu só critico sem apresentar contribuições positivas para resolver os problemas da CML, aqui fica a minha prenda de Natal para o Sr. Eng. Carmona Rodrigues. A lista completa de representantes legais de marcas de automóveis em Portugal, incluindo os respectivos endereços electrónicos. Para quê? Para alugar as iluminações das avenidas de Lisboa a todas. Assim, combaterá o escandaloso défice da CML. Apenas algumas sugestões. As ruas de Alfama podiam ficar para o Smart, que é mais maneirinho. Em contrapartida, os restantes modelos da Mercedes pois ficavam a matar nas avenidas que vão dar ao Parque das Nações. A Av. da República ficava muito bem entregue à Volvo ou coisa assim. A Av. de Roma é mais estilo Audi. O Areeiro ficava muito bem entregue à Toyota. As ruas do Restelo até Belém seriam adjudicadas em pacote à Rolls Royce, com excepção da Praça do Império, onde um Porsche ficava a matar, mesmo ao lado da Fonte Luminosa e com umas raparigas em biquini iluminadas pela própria Fonte. Quem tiver mais ideias que apresente.

ALFA ROMEO - FIAT - LANCIA Fiat Auto Portuguesa, SAAvª José Gomes Ferreira, 15Edifício Atlas IV - Miraflores1495-139 Algés 214 125 400 214 125 500 http://www.fiat.pt/
APRILIA - VOR - BOMBARDIER - MOTO GUZZIMilfa, Importação Exportação, SAAvª da República, 6924450-445 Matosinhos 229 382 450 229 371 305 milfa@milfa.pt http://www.milfa.pt/
AUDI - BENTLEY - LAMBORGHINI - SKODA - VWSIVA-Soc. Imp. de Veíc. Aut., SALugar do Arneiro - Quinta da MinaCasal S. Pedro - V.N. RainhaApartado 92050-205 Azambuja 263 407 000 263 407 099 apoio.clientes@siva.pt http://www.sivaonline.pt/
BMW - MINI BMW Portugal, LdªLagoas Park - edifício 11 - 2º Piso2740-274 Porto Salvo 214 873 000 214 873 005 geral@bmw.pt http://www.bmw.pt/
CITRÖENAutomóveis Citröen SARua Vasco da Gama, 20Apartado 5052686-601 Portela LRS 219 497 700 213 497 894 webmaster@citroen.pt http://www.citroen.pt/
CHEVROLETChevrolet Portugal, LdªQuinta da Fonte - Edifício Fernão Magalhães, R/CPorto Salvo2780-666 Paço de Arcos 214 407 500 214 407 565 http://www.chevrolet.pt/
CHRYSLER - DODGE - JEEP - ISUZU - KIA CHRY Portugal, SAQuinta da Fonte - Edifício D. AméliaRua Vitor Câmara, 2 - 1º A 2770-229 Paço de Arcos 213 239 100 213 239 199 geral@chry-portugal.pt http://www.chrysler.pt/
DAFEVICAR-Com. de Camiões, SAAvª Severiano Falcão, 102685-378 Prior Velho 219 429 200 219 429 201 geral@evicar.pt http://www.evicar.pt/
DAIHATSUSociedade Electro Mec. de Aut., SARua Nova de S.Mamede, 7-2º Drtº1269-126 Lisboa 214 481 400 214 481 482
FERRARIVIAUTO Automóveis Acessórios, Ldª Avª da Republica - Edifício Santogal2645-264 Alcabideche 214 609 191 214 609 199 http://www.viauto.pt/
FORDFord Lusitana, SARua Rosa Araújo, 2 - 2º1250-125 Lisboa 213 122 300 213 122 481 http://www.ford.pt/
HONDAHonda Portugal, SAAbrunheira2714-506 Sintra 219 155 300 219 258 887 mailto:honda.automoveis@honda.eu.com http://www.honda.pt/
HYUNDAIEntreposto V.H. Imp. de Aut. SA Avª Dr Francisco Luís Gomes, 1 - 4º1801-180 Lisboa 218 548 300 218 520 615 http://www.entrepostovh.pt/
ISUZUImotors-Importação e Comércio Automóvel, LdªQuinta da Fonte - Edifício D. AméliaRua Victor Câmara, 2 - 1º A2770-229 Paço de Arcos 210 344 600 210 344 699 geral@isuzu.pt
IVECOIveco Portugal-Com. de Veíc Ind., SAQuinta das Areias - Várzea2601-504 Castanheira do Ribatejo 263 200 300 263 276 620 http://www.iveco.com/
KAWASAKI - MotociclosKawa Motors-Veículos Motorizados, SAEstrada Manuel Correia LopesParque Empresarial Progresso - Armazém 12785-126 S. Domingos de Rana 214 481 540 214 481 541 kawamotors@kawasaki.pt http://www.kawasaki.ae.pt/
KIAMCK Importação e Comércio Automóvel, LdªAvª da Liberdade, 190 5º A1250-147 Lisboa 210 344 400 210 344 499 geral@kia.pt http://www.kia.pt/
KTM - SYM/SANYANG, STANDARD MOTOR CORP. - ZONGSHEN - LINHAI Sociedade Comercial do Vouga, LdªApartado 7Rua Cabedo e Lencastre 3750-375 Águeda 234 601 500 234 601 159 scvouga@scvouga.pt http://www.scvouga.pt/
LAND ROVER - JAGUARJaguar Land Rover Portugal - Veículos Peças, LdªAvª 25 de Abril, Lote 120 - Massamá 2745-864 Queluz 214 309 700 214 309 794 lrpgeral@landrover.com http://www.landrover.com/ http://www.jaguar.com/
MANMAN Veículos Industriais (Portugal), LdªAlameda Fernão Lopes, 16 Piso 91495-136 Algés 214 200 320 214 200 329 man-direccao@man.pt http://www.man.pt/
MAZDAMazda-Motor de Portugal LdªRua Rosa Araújo, 2 - 1º1250-195 Lisboa 213 512 770 213 512 771 http://www.mazda.pt/
MERCEDES - SMARTMercedes-Benz Portugal Com. de Aut., SAApartado 1 - Abrunheira2726-272 Mem Martins 219 257 000 219 257 010 mailto:info@mbp.mercedes-bens.com http://www.mercedes-benz.pt/
MITSUBISHIMitsubishi Motors de Portugal, SA Rua Dr José Espírito Santo, 38 1900-672 Lisboa 218 312 100 218 312 232 mmpgeral@mitsubishi.pt http://www.mitsubishi.pt/
OPEL - PONTIACGeneral Motors Portugal, Ldª Quinta da Fonte - Edifício Fernão Magalhães, 2ºPorto Salvo2770-190 Paço de Arcos 214 407 500 214 407 565 informacoes.opel.portugal@pt.gm.com http://www.opel.pt/
PEUGEOTPeugeot Portugal-Automóveis SA Rua Quinta do Paizinho, 52795-650 Carnaxide 214 166 500 214 176 257 http://www.peugeot.pt/
PIAGGIOPiaggio Portugal-Com. Veíc., Ldª Campo Grande, 35-9º D1700-170 Lisboa 210 202 900 210 303 920 info.piaggio.pt@mail.telepac.pt http://www.piaggio.com/
POLARISMasac Comércio e Imp de Veículos, SARua Senhora de VagosApartado 12 3064-909 Cantanhede 231 410 750 231 410 751 masac@masac.pt http://www.masac.pt/
PORSCHE Porsche Ibérica SACentro Empresarial Torres de LisboaRua Tomás da Fonseca, Torre G, 1º1600-209 Lisboa 217 230 600 217 230 675 http://www.porsche.com/che.com
RENAULT - NISSAN Renault Nissan Portugal, SALagoas Park - Edifício 42740-267 Porto Salvo 218 361 000 218 361 260 http://www.renault.com/.com
ROVER - MGMG ROVER Portugal-Veí. e Peças, LdªLagoas Park - Edifício 8 2740-244 Porto Salvo 219 406 000 219 406 098 http://www.mg-rover.com/
SAAB - SUZUKI Cimpomóvel Veículos Ligeiros, SAEdifício CimpomóvelEstrada Nacional 10 - Km 112695-370 Santa Iria de Azoia 219 569 300 219 563 804 saab@cvl.pt http://www.saab.pt/
SCANIACimpomóvel Veículos Pesados, SAEdifício CimpomóvelEstrada Nacional 10 - Km 112695-269 Santa Iria de Azoia 219 569 300 219 596 238 scania@cvp.pt http://www.scania.pt/
SEATSEAT Portugal Unipessoal, LdªEdifício Expo 98 - Avª D. João II, Lote 1.07.2.1 R/C Ala A1998-114 Lisboa 218 918 900 218 918 940 seat@seatportugal.pt http://www.seat.pt/
SSANGYONG - BERTONESociedade Hispânica de Automóveis, SAEstrada Nacional 249/4 ao km 5,9Trajouce2785-034 São Domingos de Rana 214 481 418 214 481 482
SUBARU Entreposto Com. Veíc. e Máq., SAPraça José Queiroz, 11801-802 Lisboa 218 548 100 218 548 050 entrepostocomercial@entrepostovh.pt http://www.entreposto-sgps.pt/
SUZUKIVeículos Casal, LdªEstrada de Taboeira - Apartado 30723801-380 Aveiro 234 300 760 234 300 761 geral@veiculoscasal.pt
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Desta forma, nem há défice que resista, nem nenhuma marca se poderá queixar de concorrência desleal com a Volkswagen, que forrou o vasilhame da Av. da Liberdade, com as mesmas cores das bolas que a CML pôs nas árvores.
Jorge Ferreira

A história repete-se. Governo de Lisboa não tem nada a dizer?

Peugeot abandona Mangualde?
Vêm aí mais de 6 mil novos desempregados?

O jornal assim mo diz… Mas esta história parece-me muito mal contada.
Então a Peugeot vai embora só porque precisa mais terreno? Alguém é tão estúpido que acredita nisso? Algo mais se passa!

Se

1

o fecho da fábrica da Peugeot em Mangualde pode ameaçar «6.400 empregos», como leio no «Sol» on line,

se
2
o que está em causa fosse «apenas» o alargamento, a «ampliação dos terrenos da fábrica» para produzir um novo modelo de veículo daquela marca

e se
3
o que está em cima da mesa fosse «apenas» «a expropriação de terrenos vizinhos» - o que é que impediria isso?

Ná. Algo mais se passa. Não me convencem com esta.
Por mim, ofereçam lá os terrenos à Peugeot. Será só mais um caso - e será por uma boa causa. Mangualde até é na Beira, a minha «terra» natal... Ofereçam lá os terrenos aos franceses, senhores.
Mas acho que nem assim.

Pelo pescoço...
Assim funcionam as grandíssimas empresas: têm-nos agarrados pelo pescoço e mesmo assim, como sabem que estamos agarrados, ameaçam e vão mesmo embora. É ver a Opel. Tal é a lei na Europa solidária e social. Pois, então?!
O jornal ainda acrescenta: «A Câmara Municipal de Mangualde está a pensar numa solução para o problema mas, segundo avança o Diário Económico e o Diário de Notícias, a empresa francesa pode, até 15 de Janeiro, tomar a decisão de abandonar Portugal».


E o Governo, nada?

Que bela forma de começar o «ano melhor» que Sócrates anda a promover nas televisões. E o seu Governo não tem nada para nos dizer nesta matéria?
Quanto aos donos da Peugeot, querem lá eles saber de Mangualde ou do nosso País: eles querem saber é do deles, como todos os outros! Se não formos nós a resolver os nossos problemas, quem poderá ser? Bajular estas entidades pode parecer que dá resultado. Mas só por um tempo. Depois, vem aí a verdade, verdadinha. Lamentável mas real, meu caro Watson.

José Carlos Mendes

Intolerância de Ponto

Antigamente os chefes nos serviços públicos eram criaturas desagradáveis. Falavam em horários, em cumprimento de regras, reagiam mal aos atestados.
Agora já não: chefes desses só no sector privado.
Os outros fazem parte da união sagrada de todos contra o “estado”, esse malandro que nos explora e oprime. Embora os mais activos nessa luta sejam precisamente aqueles que, em princípio, seriam “o estado”. Um ser tão vago e desencarnado que não é ninguém e que por isso deve merecer o nosso infinito e universal desprezo.
Mas já que o “o estado” não merece nada, ao menos que seja tolerante: sob a forma específica das “tolerâncias de ponto” (bela expressão!) ou doutras.
Até que a Câmara Municipal do Porto vem dizer que não é exactamente assim: em vez da tolerância de ponto, a intolerância de ponto.
O regresso dos tais chefes desagradáveis que queriam à viva força que se trabalhasse? Um desaforo.

J.L. Saldanha Sanches

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Sindicância ao Urbanismo da CML

Oxalá seja rápida e independente

1
Presunção de inocência
Na CML decorre (?) uma sindicância as serviços de Urbanismo. No comunicado que a refere (que não é só de Carmona Rodrigues mas também da sua vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara) afirma-se a «convicção» dos dois políticos de que os serviços da CML «pautam sempre a sua actuação pelo cumprimento da Lei». Não se sabe se se trata tão só de uma simpática declaração diplomática, se de uma normal declaração de princípio («Todos são inocentes até trânsito em julgado de sentença em contrário») ou se se trata de uma declaração prévia de inocência – esta última, penso que não. E, honestamente, inclino-me mais para a primeira hipótese: declaração diplomática.

2
Suspeição
Os dois políticos reconhecem que se verifica aquele tradicional aforismo popular do «onde há fumo há fogo», o que hoje afecta a própria CML, quando afirmam, designadamente, que há um «actual ambiente de suspeição».

3
Sindicância
Parece que este mecanismo de investigação se destina a apurar «irregularidades no serviço» e «autoria ou a existência de irregularidade praticada no serviço público».
Recordo que o caso similar mais mediático recente se verificou entre 2003 e 2005 na Câmara do Porto. Foram investigados os serviços de Urbanismo da capital do Norte e no final, há pouco mais de um ano atrás, o procurador que conduziu a sindicância deduziu cinco processos disciplinares e dois processos-crime.
O que se espera é que em Lisboa a investigação demore muito menos tempo, mas que possa ser também independente.

4
Apurar o quê?
Neste caso da Câmara de Lisboa, o que está determinado, aparentemente, é que sejam apuradas e avaliadas questões bem gerais: «a transparência, a isenção e legalidade dos procedimentos em sede de licenciamento urbanístico».

5
Casos recentes
Mas o mesmo documento vai um pouco mais além: parece determinar especificamente algo bem concreto: «os procedimentos e actuações que recentemente foram questionados». Ou seja: o que se relaciona com o caso do loteamento de Marvila, de que falei aqui há umas semanas e também e também aí em baixo há uns dias.

6
Mas há muito mais a investigar
Há quem pense, no entanto, que isto já é algo mas que é curto, porque muitos outros casos haveria que aclarar, mesmo só no Urbanismo. De repente, que me lembre sem recorrer a registos, cito o caso da Infante santo e o do edifício construído em Alcântara no local onde era o Pingo Doce, mas também o caso do loteamento da Boavista e o do Vale de Santo António. E ainda toda aquela cena das trocas e baldrocas que meteram Parque Mayer e os terrenos que eram municipais em Entrecampos, onde estava a Feira Popular – que nunca mais ressuscita na Cidade de Lisboa… falo destes casos e de outros noutro blog, aqui. Há de facto uma «Lista (não de Schindler mas) de Lisboa». E bem grande.

José Carlos Mendes


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